Como as eleições de 2024 impactam nas políticas socioambientais de Rondônia

A sociedade deve pressionar os vereadores e prefeitos por mudanças nas políticas públicas ambientais.
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Voz da Terra
27 julho 2024
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Imagem mostra Porto Velho avançando sobre o Rio Madeira (Foto: Secom - PVH-RO)

Redação Voz da Terra

Fumaça das queimadas florestais, retirada de madeira ilegal, invasão dos territórios dos povos tradicionais, garimpo e mineração, crise hídrica com seca dos rios, altas temperaturas, inundações e alagações. Todos esses crimes ambientais e fenômenos climáticos possuem ligação e estão impactando de maneira negativa na vida dos rondonienses. 

O eleitor deve ir às urnas em 2024 com perguntas e respostas prontas. O que eu quero para o presente e o futuro ambiental de Rondônia? Mais crimes ambientais ou soluções para manter a floresta em pé, gerando emprego e renda de maneira sustentável?

A grande dúvida é: quantos candidatos pensam e conseguem executar políticas públicas eficientes, se eleitos, para ajudar diminuir agressões no campo e na cidade, contra a natureza?

As eleições municipais de 2024 em Rondônia pode influenciar na formulação e implementação de políticas socioambientais. Este período eleitoral representa tanto uma oportunidade para debates sociais e análise do eleitor. Também é um um risco de retrocessos, dependendo das prioridades dos candidatos eleitos.

As políticas ambientais locais têm um papel importante na preservação dos ecossistemas. Rondônia, com sua vasta extensão de floresta amazônica, enfrenta desafios relacionados ao desmatamento e à degradação ambiental. 

Rondônia perdeu 41.747 hectares de floresta em 2023: uma quantidade 70,1% menor do que a área desmatada no ano anterior.

Iniciativas bem-sucedidas em gestão ambiental podem oferecer benefícios tangíveis. "As eleições de 2024 vão ser decisivas para as futuras políticas ambientais nacionais", diz Catarina Grilo, diretora de Políticas e Conservação da ANP/WWF.

A pressão popular e a atuação das organizações da sociedade civil têm um papel essencial na construção de política ambientais.

Além dos desafios impostos pelo desmatamento, Rondônia enfrenta problemas com a gestão de áreas verdes. Estudos indicam que, mesmo com a criação de territórios preservados, a efetiva proteção dessas reservas pelo estado foi insatisfatória​.

A responsabilidade pela formulação e implementação de ações ambientais recai sobre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM). A fiscalização e normatização das atividades relacionadas à qualidade de vida, ambiente e recursos naturais são essenciais para a gestão das unidades de conservação do estado​. 

Cabe aos parlamentares e gestores públicos destinar recursos para projetos e ações sociais que podem ajudar na preservação do meio ambiente e na proteção e contenção de fenômenos climáticos extremos que podem impactar na vida do ser humano.

O futuro ambiental da população rondoniense está nas mãos dos eleitores e dos novos políticos que tomarão posse e vão exercer o cargo nos próximos quatro anos.

A escolha dos candidatos e suas propostas ambientais terão um impacto direto na preservação da floresta amazônica e no bem-estar das populações. 

A participação ativa da comunidade e a pressão sobre os gestores são fundamentais para assegurar que os compromissos ambientais sejam cumpridos, garantindo um desenvolvimento sustentável para o estado.


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