Redação Voz da Terra
Há mais de duas semanas, um incêndio de grandes proporções devasta o Parque Estadual Guajará-Mirim, em Rondônia. De acordo com o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), boa parte do parque já foi atingida pelo fogo.
Imagens de satélite aéreas revelam a extensão da fumaça e das chamas, destacando os focos do incêndio. A causa do incêndio ainda é desconhecida. Segundo o Prevfogo, formado por brigadistas temporários que atuam nas Unidades de Conservação, há quatro frentes de fogo no parque, mas as equipes só conseguem atuar em duas devido à falta de aeronaves.
O Prevfogo informou que foi acionado para combater o incêndio no dia 12 de julho, um dia após sua identificação. Seis dias depois, em 18 de julho, uma equipe chegou ao local para iniciar os trabalhos.
A equipe inicial, composta por 12 pessoas, enfrenta dificuldades devido ao número reduzido de efetivo e à ausência de apoio aéreo. Houve uma solicitação para o envio de mais 12 brigadistas ao local.
Além dos esforços do Prevfogo, equipes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), do Batalhão da Polícia Ambiental e da Polícia Militar, dizem mobilizar recursos humanos e terrestres para combater as chamas.
A Sedam informou que uma base de combate foi estabelecida no parque. Segundo a secretaria, o incêndio é "aparentemente criminoso", começando na beira da estrada e se alastrando para a mata.
Uma reserva ambiental em perigo
Com aproximadamente 220 mil hectares, o Parque Estadual de Guajará-Mirim é uma unidade de proteção integral situada na zona rural de Nova Mamoré. Criado em 23 de março de 1990 pelo Decreto Nº 4.575, o parque enfrenta constantes ameaças.
A região sofre com invasões e atividades ilegais, como extração de madeira, desmatamento, incêndios, pastagem, caça e pesca ilegal, além de grilagem de terras.
Preservar o Parque Estadual Guajará-Mirim é crucial, pois a área abriga diversas espécies da flora e fauna ameaçadas de extinção, quase ameaçadas ou vulneráveis.