Uraan Anderson Suruí, cacique da Aldeia Gamir (Foto/Divulgação) |
Redação Voz da Terra
A Aldeia Gamir, localizada no território Paiter-Suruí em Rondônia, está prestes a ganhar um marco histórico com a inauguração da Amazon Tech House.
A iniciativa visa introduzir competências digitais, incluindo criptomoedas e blockchain, aos povos originários da região.
A proposta é fomentar o desenvolvimento sustentável e permitir a comunicação e transferência de conhecimento sem sair do território indígena, conforme destaca o cacique Uraan Anderson Suruí.
A Amazon Tech House será a primeira do tipo em terras indígenas e será oficialmente lançada durante o ReFi Summit na PUC-Rio, que antecede o Blockchain Rio, o maior evento de tecnologia blockchain da América Latina.
A ideia é criar um centro de referência para tecnologia no território Paiter-Suruí, iniciando pela Aldeia Gamir e expandindo gradualmente.
Henrique Aragon, da Play4Change, que está liderando a implementação da Tech House, afirma que o objetivo é capacitar os jovens e membros da comunidade em tecnologias emergentes, promovendo inclusão social e empoderamento indígena.
A organização tem o objetivo de utilizar tecnologias web3 para promover o desenvolvimento social e econômico.
A casa de madeira simples na Aldeia Gamir, distante 480 km de Porto Velho, está sendo transformada em um centro de aprendizado digital, abordando desde conceitos básicos até tópicos avançados como blockchain e smart contracts.
A iniciativa surge como uma oportunidade para o povo Paiter-Suruí, que teve seu primeiro contato oficial com não indígenas em 1969, se alfabetizar digitalmente e avançar rumo a um futuro mais conectado e sustentável.