Redação Voz da Terra
Garimpeiros entraram em pé de guerra contra policiais e o poder público em Humaitá, no Amazonas, depois que foi realizada uma uma operação da Polícia Federal (PF) contra a mineração ilegal na região. A ação, que teve início na última terça-feira, 20, resultou na destruição de dragas utilizadas na extração ilegal de ouro dos rios da Amazônia.
Na tarde desta quarta-feira, 21, a tensão aumentou quando os garimpeiros atacaram policiais federais e militares com rojões e bombas caseiras, após tentarem invadir a prefeitura da cidade. O confronto, que começou por volta das 14h30, deixou a população em estado de alerta, com moradores fugindo das áreas de conflito e comerciantes fechando seus estabelecimentos para evitar prejuízos.
A operação, denominada "Prensa", conta com a participação do Ibama e da Funai e tem como objetivo desmantelar as atividades de garimpo ilegal no sul do Amazonas. Apesar da intensidade dos confrontos, a PF confirmou que não houve feridos até o momento, e os agentes conseguiram dispersar os garimpeiros com o uso de balas de borracha.
O impacto do garimpo ilegal na Amazônia é devastador, levando à destruição de vastas áreas de floresta, contaminação de rios e à intensificação de conflitos com comunidades locais e autoridades. As operações policiais, no entanto, enfrentam forte resistência de grupos que veem no garimpo uma forma de sustento, apesar das consequências ambientais e legais.
Em três dias de ação, as forças de segurança já inutilizaram 223 balsas que operavam de forma ilegal na região. A operação ocorre no Amazonas e de Rondônia, em uma ação contínua e com prazo indeterminado para conclusão.
As ações da Polícia Federal em Humaitá estão previstas para continuar pelos próximos 10 dias, com o apoio das forças de segurança estaduais e federais. A situação na cidade permanece tensa, e o desfecho dos conflitos ainda é incerto.