Rondônia é destaque na degradação florestal em setembro

Destruição da floresta atingiu terras indígenas e demais áreas de conservação.
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Voz da Terra
28 outubro 2024
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Área recém desmatada e queimada em Porto Velho, Rondônia (Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace)

Redação Voz da Terra

A degradação florestal explodiu na Amazônia em setembro e chegou aos 20.238 km², o que equivale a mais de 13 vezes a cidade de São Paulo. Essa foi a maior área atingida pelo dano ambiental dos últimos 15 anos. 

Os dados são do instituto de pesquisa Imazon, que monitora o desmatamento e a degradação florestal na Amazônia por imagens de satélite desde 2008 e 2009, respectivamente. Em relação a setembro do ano passado, quando a área degradada foi de 1.347 km², houve um aumento de 15 vezes.

Setembro foi o quarto mês consecutivo com aumento nas áreas degradadas. Fato que contribuiu para que o acumulado desde janeiro também fosse o maior dos últimos quinze anos, atingindo 26.246 km². Antes disso, o recorde para o período era de 2022, quando a degradação somou 6.869 km². Ou seja: quase quatro vezes menos do que em 2024.

Rondônia

Estados com percentuais significativos de áreas degradadas em setembro foram: Mato Grosso (25%), Rondônia (10%), Amazonas (7%), com destaque negativo para Rondônia. Nesse estado, a degradação passou de 50 km² em setembro de 2023 para 1.907 km² no mesmo mês de 2024, uma alta de 38 vezes.

No ranking com os municípios mais degradados em setembro de 2024 estão Vilhena (684 km²) e Porto Velho (12 km²). E entre as unidades de conservação, a destruição ambiental foi maior na Parna Mapinguari entre Rondônia e Amazonas (55 km²). A terra indígena Roosevelt desmatou 388 km².

“No mês de setembro, o território paraense liderou o desmatamento destruindo uma área corresponde a 970 campos de futebol de floresta por dia. Todo esse impacto está refletido nos municípios, assentamentos, unidades de conservação e terras indígenas. Por isso, é urgente investir em ações eficazes e integradas que protejam a região, como o investimento nos órgãos ambientais de fiscalização. Assim, será possível combater as mudanças climáticas que são impulsionadas pela retirada de vegetação e oferecer uma maior proteção à biodiversidade e aos povos que habitam a floresta”, explica coordenador do programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon, Carlos Souza Jr.



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