Cientista dizem que 2024 foi o ano mais quente e deve aumentar temperatura em 2025

A temperatura média global em novembro foi 1,62°C acima dos níveis pré-industriais, elevando a média do ano para 1,60°C de aquecimento.
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Voz da Terra
10 dezembro 2024
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Temperatura do planeta continua aumentando (Foto: Freepik)

Redação Voz da Terra

Os dados de novembro do Serviço Copernicus para as Mudanças Climáticas, da União Euripeia, revelaram que a temperatura média da superfície global para o mês foi 1,62°C acima dos níveis pré-industriais. Com os dados de 11 meses de 2024 já disponíveis, os cientistas dizem que a média do ano deverá ser de 1,60ºC de aquecimento, superando o recorde estabelecido em 2023, que foi de 1,48ºC, e, pela primeira vez, o marco de 1,5ºC.

Com isso, o ano de 2024 será o mais quente desde que começaram os registros, com temperaturas altas acima do normal, previstas para continuar aumentando ainda nos primeiros meses de 2025.

“Podemos agora confirmar com quase certeza que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano civil acima de 1,5ºC. Isto não significa que o Acordo de Paris tenha sido violado, mas significa que uma ação climática ambiciosa é mais urgente do que nunca", disse Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus.

No acordo climático, assinado na França em 2015, 196 países signatários se comprometeram a manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC para limitar o impacto mais severo das mundaças climáticas. No entanto, este limite só é considerado ultrapassado caso medições feitas ao longo de um período de tempo maior fiquem acima do acordado.

Em 2025, a expectativa é que as temperaturas esfriem, devido à influência do fenômeno climático La Niña. O fenômeno causa o resfriamento das temperaturas da superfície oceânica e poderia colaborar para o esfriar temporariamente as temperaturas globais, apesar de não interromper a tendência de aquecimento a longo prazo causada pelas emissões de gases de efeito estufa e pelo agravamento do aquecimento global.

"Embora 2025 possa ser um pouco mais frio do que 2024, se um evento La Niña se desenvolver, isso não significa que as temperaturas estarão 'seguras' ou 'normais'", disse Friederike Otto, professora sênior do Imperial College London, para a Reuters.

"Ainda experimentaremos temperaturas altas, resultando em ondas de calor perigosas, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais", pontua.

Reduzir as emissões para zero líquido - como muitos governos se comprometeram a fazer eventualmente - evitará que o aquecimento global piore. No entanto, apesar dessas promessas, as emissões globais de CO2 devem atingir um recorde histórico este ano. (Um só planeta)



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