Escola de Porto Velho recebe oficina sobre como desarmar a desinformação climática

Jovens e adultos de comunidades rurais da Amazônia participaram.
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Voz da Terra
22 dezembro 2024
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Oficina desarmando a desinformação (Foto: Francisco Costa - Voz da Terra)

Jovens e adultos de Porto Velho que moram na região central e zona rural tiveram acesso a uma oficina sobre como desarmar a desinformação climática que aconteceu (09-12-24) na escola municipal rural Ermelindo Monteiro Brasil, localizada na Vila Dnit, margem direita do rio Madeira. Entre os conteúdos aplicados estavam informações sobre como identificar uma notícia falsa e verdadeira.

O projeto é apoiado pelo Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) que selecionou o Voz da Terra para aplicar o treinamento. A jornalista Josi Gonçalves participou de uma capacitação em Buenos Aires na Argentina com parte do programa. 

"Esse é um projeto muito importante que iremos dar continuidade, já que na Amazônia existem muitos grupos sociais propagando conteúdos falsos com objetivo de doutrinar, controlar e deseducar o cidadão. A sociedade atravessa mudanças climáticas extremas que precisam de adaptação e mitigação. Espalhar informação errada pode levar o público para situações mais críticas", disse Josi que é cofundadora do Voz da Terra.

Mais de 60 pessoas participaram do primeiro módulo no colégio. O público teve acesso a materiais visuais como fotos, vídeos, slides, panfletos e recursos naturais como cascas de árvores, que ajudaram na identificação e combate de notícias falsas. Participaram famílias de ribeirinhos, pescadores, extrativistas, trabalhadores e agricultores familiares, descendentes de indígenas e comunidades tradicionais da floresta.

"O mundo está sendo polarizado em todos os sentidos. E em todos os cantos temos que ter senso crítico para saber o que é verdade e o que não é. Saber reconhecer o que é boato, o que foi inventado para manipular as pessoas ou que foi feito para destruir alguém ou uma forma de pensamento. É importante oferecer ferramentas para ajudar o público a ter capacidade de decidir ou procurar saber o que é verdade ou não. O problema hoje é a manipulação. Quanto mais ferramentas tiver, melhor para decidir o futuro", disse o professor Paulo Henrique.

"Essa reflexão é importante porque é impactante na vida de qualquer pessoa. Toda essa informação é pertinente para o futuro de todo mundo", comentou Samara Ferreira, pedagoga. A estudante Silvia Regina, mudou a percepção com relação a links, fotos e vídeos que recebe no celular. Antes ela não era criteriosa para identificar a origem. "Agora vou ficar mais atenta e olhar sites, verificar de onde vem as informações". 

O próximo módulo da oficina deve acontecer na Terra Indígena Karipuna em Porto Velho, no primeiro semestre de 2025. 

Jovens tiveram acesso a ferramentas visuais (Fotos: Fco Costa - Voz da Terra)


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