Fogo destrói vegetação na Serra do Curral e na Serra da Moeda em MG

Mais de 100 combatentes entre bombeiros militares e brigadistas voluntários atuam nos dois incêndios.
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FRANCISCO COSTA
10 setembro 2022
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A linha de fogo ultrapassa um quilômetro (TV Globo)

Mais de cinco horas após o primeiro chamado aos bombeiros para o combate ao incêndio na Serra do Curral, em Belo Horizonte, o trabalho ainda continua na região, na madrugada deste sábado (10). Segundo a corporação, a linha de fogo ultrapassa um quilômetro e se aproxima do Parque dos Mangabeiras e das torres de transmissão de rádio e TV.

Por volta de 1h, segundo o Corpo de Bombeiros, uma nova equipe seria enviada para reforçar os trabalhos na área. O efetivo pode chegar a 80 combatentes na tentativa de controlar o incêndio, entre militares, brigadistas e voluntários.

As chamas ainda podem se espalhar para áreas de difícil acesso e complicar o combate pela corporação. Brigadistas voluntários ampliam as forças de controle, mas não há expectativa para o fim dos trabalhos na região.

Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre a área destruída pelo fogo.

Criminoso

A área atingida inclui a Fazenda Ana Cruz, pertencente à Taquaril Mineração S.A. (Tamisa). A empresa pretende explorar a região de minério de ferro na Serra do Curral, situação que ainda é discutida na Justiça.

A mineradora afirma que o incêndio é criminoso, provocado por pessoas que acessaram o local sem autorização. Ainda de acordo com a Tamisa, o Corpo de Bombeiros foi acionado assim que a empresa tomou conhecimento do fogo.

Serra da Moeda

Outro incêndio de grandes proporções atingiu a Serra da Moeda, na Região Central de Minas Gerais. O local é de difícil acesso e, durante a madrugada, contava com 22 militares do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad) do Corpo de Bombeiros. Mais 10 brigadistas voluntários que trabalham na região também auxiliam no combate.

As causas do incêndio na Serra da Moeda ainda não foram reveladas. A hipótese de incêndio criminoso também não foi descartada.

O local é de difícil comunicação. Segundo brigadistas, as chamas podem ser vistas de perto pelo motorista que passa pela MG-424, na altura do quilômetro 12. O fogo é intenso e se espalhava rapidamente, ainda durante a madrugada, devido ao calortempo seco e ventania. Os voluntários afirmam que o incêndio tomou conta de uma das áreas mais altas da serra, em Belo Vale.

Até a última atualização da reportagem, segundo os bombeiros e brigadistas, não havia previsão para o término dos trabalhos em Belo Vale e em Belo Horizonte. (G1)

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