Imagem de sobrevoo de 30 de agosto do Greenpeace. Região exata ainda está sendo georreferenciada pela organização. — (Foto: © Nilmar Lage / Greenpeace / Divulgação) |
O Ibama liquidou (executou) até 5 de setembro apenas 37% do orçamento autorizado para prevenção e controle de incêndios florestais em 2022.
Os dados são de um levantamento do Observatório do Clima extraídos do Painel do Orçamento Federal.
Ainda de acordo com o OC, o Ibama havia liquidado até a última segunda-feira (5) R$ 19,48 milhões dos R$ 52,75 milhões autorizados para prevenção e controle de incêndios florestais.
"A execução lenta dos valores autorizados neste ano evidencia a falta de atenção com a prevenção", afirma Suely Araújo, especialista em políticas públicas do Observatório do Clima.
"O Ibama deveria ter atuado com força antes da época da seca para evitar o que está ocorrendo na Amazônia. Já a redução dos valores previstos para prevenção e controle em 2023 é criminosa. O Congresso Nacional tem o dever de ajustar isso no trâmite da proposta orçamentária”.
O OC diz que essa baixa execução coincide com o maior número de queimadas para um mês de agosto em 11 anos na Amazônia junto com uma alta de 41% da área queimada no bioma de janeiro a julho em relação ao mesmo período do ano passado.
Em apenas sete dias de setembro deste ano, o número de queimadas na Amazônia já superou a quantidade de focos de incêndios de todo o mês de setembro de 2021.
A reportagem entrou em contato com o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente, mas não teve resposta do Ministério até a última atualização deste texto.
Em nota, o Ibama declarou que "até o dia 6 de setembro, foi empenhado 83% do orçamento total para prevenção e combate aos incêndios florestais no país. Vale destacar que empenho é o compromisso de pagamento utilizado na administração pública e a liquidação somente ocorre conforme os contratos e serviços são executados/finalizados". (G1)