Rondônia continua na liderança do contrabando de pedras preciosas

Barras de ouro sem origem comprovada apreendidas pela PF (Divulgação)

Mesmo com operações policiais de fiscalização, o contrabando de pedras preciosas e minerais extraído por garimpos clandestinos em áreas de florestas, terras indígenas e mananciais em Rondônia, não parou e continua em expansão.

No ano passado só de apreensões de cassiterita foram apreendidos 85.390 toneladas em apenas uma ocorrência policial. Os dados foram fornecidos pela Polícia Rodoviária Federal de Rondônia com exclusividade nossa reportagem.

Cassiterita é um minério de estanho, utilizado na fabricação de embalagens (folha-de-flanders). Também nas soldas, no metal Babitt e para polimentos. É usado também na fabricação de arsenal militar.

Houve ainda apreensão de diamantes num total de 21 pedras em duas ações policiais. De ouro foram recolhidos pela PRF, 4.452 gramas em 7 operações da polícia. Algo perto de R$ 1,5 milhão só em ouro.

Em 2021, o garimpo ilegal, movimentou mais de R$ 13 milhões no Brasil. Na quinta-feira (17). a Polícia Federal destruiu 12 dragas que estavam sendo usadas ilegalmente na extração de ouro no rio Roosevelt, em Espigão D'Oeste (RO). 

Para extrair o ouro, os suspeitos usavam produtos tóxicos em um equipamento que revolve o fundo do rio e, por sucção, leva o material até a superfície. O rio Roosevelt atravessa as Terras Indígenas Roosevelt, Zoró e Aripuanã. 

A extração de riquezas minerais na floresta sem autorização, contribui para o aumento do desmatamento, poluição de rios com produtos tóxicos e pressiona terras indígenas e populações tradicionais.

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