Entenda por que as baleias (e seus cocôs) são importantes para o planeta

No Dia Mundial das Baleias, te convidamos a pressionar os líderes mundiais para a criação de um Tratado Global dos Oceanos
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FRANCISCO COSTA
23 fevereiro 2023
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Duas baleia-jubarte nadando nas águas mornas do Oceano Pacífico, em Tonga. (Foto: Paul Hilton/Greenpeace)

As baleias são seres essenciais para o equilíbrio da vida nos oceanos. As grandes representantes dos cetáceos, mamíferos exclusivamente aquáticos, não só são centrais para a biodiversidade nos mares como nos ajudam a combater a crise climática.

Vivendo nas profundezas dos oceanos, as diferentes espécies e tamanhos desses animais impressionantes são responsáveis por “adubar os mares” com suas fezes. Isso mesmo que você está lendo: o cocô das baleias carrega uma quantidade riquíssima de nutrientes que alimentam outras formas de vida na superfície.

Entre elas, os chamados fitoplânctons, seres microscópicos que removem carbono da atmosfera por meio da fotossíntese. Isso significa que, mesmo que de forma indireta, as baleias cumprem um papel relevante no combate às mudanças climáticas.

Neste 19 de fevereiro, Dia Mundial das Baleias, ressaltamos a importância de protegê-las. Essa é uma luta antiga, não só do Greenpeace Brasil, mas de todos os escritórios da organização internacionalmente.

Salvem as baleias

Em meados da década de 80, o Greenpeace fez parte de uma grande campanha ao lado de outros movimentos ambientalistas para que a caça comercial às baleias fosse proibida em todo o mundo.

No entanto, essa não é a única ameaça contra elas. Além da caça ilegal, a poluição de plástico nos oceanos e a atividade petrolífera seguem representando um grande perigo para as baleias.

Aqui mesmo no Brasil temos exemplos disso: a Petrobras quer explorar petróleo na foz do rio Amazonas, o que pode gerar um efeito devastador para o recife de corais que se estendem até a Guiana Francesa e é um ecossistema único no mundo.

A região já tinha sido alvo da petrolífera francesa Total entre 2014 e 2018, mas, após grande pressão pública, conseguimos barrar o projeto. Em 2019, confirmamos que a região é uma área onde baleias migram e se reproduzem após pesquisadores que participaram de nossas expedições observarem e documentarem, pela primeira vez nas águas da Guiana Francesa, a baleia-de-bryde.

Por esse conjunto de motivos, nos últimos anos temos defendido uma cooperação global para que seja criada uma rede de santuários oceânicos, que protejam as baleias, suas casas e todo o bioma marinho. É urgente um Tratado Global dos Oceanos, onde os países se comprometam a preservar 30% dos oceanos até 2030.

Os líderes mundiais se reunirão em março para a rodada final de negociações desse instrumento legal, mas precisamos de um tratado forte e ambicioso! Já reunimos milhões de assinaturas ao redor do mundo para pressioná-los e contamos com seu apoio.

Afinal, onde há baleia, há vida! E estamos aqui para defendê-la. (Lu Sudré - Greenpeace)

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