Rondônia promete monitorar impactos do uso de agrotóxicos em TI

Animais foram encontrados mortos após expansão do agronegócio
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FRANCISCO COSTA
18 março 2024
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Aplicação de agrotóxicos (Divulgação)



Em uma resposta às preocupações ambientais e de saúde levantadas pela deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaron) e a Casa Civil anunciaram uma série de medidas para enfrentar os impactos da pulverização aérea de agrotóxicos nas propriedades ao redor do território reivindicado pelo povo indígena Puruborá, nas proximidades da aldeia Aperoi, igarapés e do rio Manoel Correia, em Seringueiras.

A ação do governo segue a preocupação com a expansão de atividades agropecuárias que ameaçam a saúde e o meio ambiente local.

Entre as providências anunciadas, destaca-se a criação de um grupo de trabalho interdisciplinar que inclui as coordenações de cadastro agropecuário/georreferenciamento, fiscalização de agrotóxicos e fiscalização de pragas de grandes culturas. O objetivo é realizar um levantamento abrangente e preciso sobre o uso de agrotóxicos nas áreas circundantes, apoiado por imagens de satélite para avaliar os riscos e impactos ambientais e sobre a saúde da população indígena.

O grupo também será responsável pela elaboração de um inventário de todas as explorações agropecuárias do entorno que utilizem agrotóxicos, além de realizar um levantamento técnico sobre as práticas de uso desses produtos. A partir dessas informações, será apresentado um relatório técnico-jurídico, estabelecendo as bases para futuras ações de fiscalização e regulamentação.

O QUE ACONTECEU

De acordo com relatos dos indígenas, igarapés e o rio Manoel Correia estão sendo afetados pelo uso de produtos químicos aplicados em grandes fazendas para o plantio, cultivo e colheita em larga escala.

Lideranças locais afirmam que houve expansão dos campos de soja entre os anos últimos dois anos, com uso de mecanização das terras e pulverização de agrotóxicos com a utilização de aeronaves. Em janeiro deste ano, a situação se agravou.

O que também preocupa os indígenas são os resíduos dos adubos químicos e agrotóxicos que são escoados para os leitos dos rios e igarapés.

Danos também são previstos para a Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental Yawara Puruborá, a casa de farinha da Associação Indígena Maxajá, roças e moradias de populações que habitam o território há dezenas de anos.



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