O início do período de estiagem na Amazônia em 2024 já demonstra sinais de intensidade, mesmo antes da chegada oficial do verão. Segundo projeções do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a seca deste ano pode superar os registros do ano anterior.
O Governo de Rondônia divulgou o último boletim hídrico, revelando que, entre 3 e 10 de junho, o rio Madeira estava com uma altura de 6,11 metros em Porto Velho. Comparativamente, no mesmo período do ano anterior, o rio estava significativamente mais alto, atingindo 9,56 metros.
Essa disparidade nas medidas não apenas preocupa os especialistas, mas também impacta diretamente aqueles que dependem do rio para transporte e sustento. O comandante de embarcação, Marcelo Nunes, expressou essa preocupação, destacando que a situação afeta todos os navegantes que utilizam a rota do rio Madeira.
Além dos problemas na navegação, o baixo nível do rio também prejudica as operações no Porto improvisado no Cai N'água, localizado na região central da capital rondoniense. Com o Terminal Hidroviário fechado há quase um ano, foram construídas passagens improvisadas para permitir o acesso às embarcações.
A Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd) estimou que cerca de 15 mil pessoas foram afetadas pela escassez de água durante a seca histórica de 2023, nas áreas próximas ao rio Madeira. Para evitar uma repetição desse cenário e garantir o fornecimento de água potável aos moradores, a prefeitura de Porto Velho já está realizando estudos para a construção de novos poços artesianos.