Garimpo ilegal do tamanho de 67 campos de futebol é fechado em área de conservação no Pará

Extração ilegal de ouro ocorria em 67 hectares em Altamira.
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FRANCISCO COSTA
21 setembro 2022
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Local usados em garimpo ilegal foi destruído durante fiscalização em Altamira — (Foto: Polícia Federal/Divulgação)

Um garimpo ilegal do tamanho de aproximadamente 67 campos de futebol foi fechado durante uma operação federal em unidade de conservação da União em Altamira, um dos maiores municípios brasileiros e que fica no sudoeste do Pará - veja no vídeo acima. Três motores, uma escavadeira hidráulica e o local usado pelos garimpeiros foram destruídos.

"Por meio de imagens de satélites, foi constatado o aumento da atividade garimpeira. A extração de ouro era feita em 67 hectares. [...] A Unidade de Conservação Riozinho do Anfrísio é localizada na Terra do Meio e integra um importante mosaico na proteção ambiental da Amazônia", informou a Polícia Federal.

A Terra do Meio equivale a aproximadamente duas vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro e é formada por mosaico de unidades de conservação de recursos naturais, incluindo unidades estaduais e federais, além de três terras indígenas. Um inquérito investiga atividade garimpeira ilegal na região.

A ação de fiscalização para combater o garimpo ilegal ocorreu na segunda-feira (19), mas foi divulgada na tarde desta terça (20) pela Polícia Federal. Os policiais e fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificaram o local de extração ilegal de ouro com auxílio de helicópteros.

Não houve prisões em flagrante. Segundo o delegado da Polícia Federal que participou da fiscalização, André Veras, "quando a equipe policial chegou ao local ainda no helicóptero, diversos garimpeiros começaram a correr e adentraram nas matas ao redor".

"Isso só demonstra a importância dos órgãos de fiscalização na região, tendo em vista que se não houver este tipo de fiscalização rotineira, esse grupo criminoso vai voltar à região, gerando todo esse impacto ambiental negativo que prejudica a população como um todo", afirmou o delegado.

Um tapete usado no garimpo foi apreendido para perícia. Os demais bens encontrados no local foram queimados para evitar que voltassem a ser usados no "crime ambiental, uma vez que era inviável retirá-los do local", disse a PF.

Não foi detalhado há quanto tempo o garimpo ilegal estava em atividade na área, se algum garimpeiro ilegal foi identificado e se algum responsável foi localizado. Essa fiscalização integra a Operação Guardiões do Bioma, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Os responsáveis por garimpos ilegais podem pegar de uma cinco anos de prisão, além de multa, entre outros danos ambientais. Exploração de minérios só pode ocorrer mediante autorização da União e em locais especificados.

"'O garimpo ilegal produz vários impactos ambientais e sociais, dentre eles, a poluição dos rios e igarapés, o aumento da turbidez da água devido ao grande aporte de sedimento, perda de recursos pesqueiros e de biodiversidade. Causa também males à saúde humana, devido ao uso de produtos tóxicos perigosos", reforçou a PF em nota. (G1)

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