Ameaças contra Lula são investigadas pelo Ministério Público em Rondônia

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FRANCISCO COSTA
1 novembro 2022
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Lula foi eleito presidente pela terceira vez e no segundo turno - (Foto: Ricardo Stuckert | Instituto Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi reeleito para o terceiro mandato durante segundo turno das eleições de 2022, que aconteceu no último domingo, 30, foi alvo de ameaças de grupos de extrema-direita ligados ao presidente da república Jair Bolsonaro (PL) em Rondônia

O Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira com base em informações publicadas em jornais locais, instaurou procedimento de investigação para apurar um suposto plano para coletar dinheiro pela internet e contratar um atirador de elite para matar ex-presidente Lula, com um tiro na cabeça. 

O Ministério Público Estadual (MPE) teve acesso aos registros de imagens compartilhados em grupos de extrema-direita no aplicativo de mensagens WhatsApp. Um desses grupos é denominado como "paralisação Rondônia". A investigação será feita pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança e a Coordenadoria de Combate aos Crimes Cibernético do MPE.

Procurados pela reportagem a Polícia Federal e o Ministério Público Federal no Estado não se manifestaram sobre o caso.

OS DIÁLOGOS - Em um dos trechos das conversas coletadas pelo MPE e divulgados pela imprensa, um integrante do grupo no WhatsApp identificado com código da operadora de telefonia local expressa seu ódio: "O pessoal do grupo quem apoia nós fazer um vaquinha pra pagar um sniper pra matar o Lula com um tiro na cabeça (sic)".

"Qual o valor", escreveu um outro apoiador e em seguida confirma o ato de terrorismo: "apoiado". Todos os telefones dos integrantes do grupo que fizeram as ameaças estão visíveis nas fotos compartilhadas do grupo. Já os integrantes foram identificado parcialmente com codinome ou primeiro nome apenas. 

O promotor de justiça e coordenador do grupo de crimes cibernético Felipe Magno Silva Fonseca, disse que "o Ministério Público está atento às práticas ilícitas também no meio digital e não medirá esforços para que condutas criminosas sejam prontamente apuradas e debeladas, independentemente de quem sejam os seus autores ou vítimas"

SEGUNDO TURNO - Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República como o mais votado na história do Brasil. O petista recebeu mais de 60,3 milhões de votos nas eleições no último domingo (30) e governará o Brasil pela terceira vez a partir de 1º de janeiro de 2023.

Os votos recebidos pelo petista equivalem a 50,9% dos votos válidos para o cargo no segundo turno deste ano. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu 58,2 milhões (49,1%).

Antes das eleições de 2022, a votação máxima de um candidato à Presidência havia sido registrada por Bolsonaro, em 2018. No segundo turno daquele pleito, o atual presidente recebeu 57,7 milhões de votos.

Até a terça-feira (01), Bolsonaro não havia reconhecido oficialmente a vitória de Lula e insuflou atos de protestos nas rodovias contra o resultado das urnas. “Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral", disse em declaração oficial para jornalistas no Palácio no Planalto. 

Conversas com ameaças ao presidente eleito Lula (Divulgação)
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