Joenia em primeira reunião na Funai, em Brasília — Foto: Reprodução/Instagram |
A nova presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Joenia Wapichana disse nesta segunda-feira (2) que pretende comandar o órgão sem interferência política, com decisões pautadas por consulta aos povos indígenas, e com total autonomia. A fala foi durante um ato simbólico em que lideranças indígenas de todo o país retomaram a sede do órgão em Brasília.
Joenia Wapichana cumpre os últimos dias como deputada federal por Roraima, e participou de uma reunião com lideranças e servidores da Funai em Brasília, após o ato de retomada. Ela deve pedir afastamento do cargo para assumir oficialmente a presidência da Funai.
Ela disse que, ao aceitar o convite de Lula, deixou claro que pretende atuar com autonomia, sempre ouvindo os indígenas antes de tomar decisões. "Não quero interferência política. Questões indígenas tem que ser voltadas para os povos indígenas".
Advogada, ela vai ser a primeira mulher indígena a comandar o órgão. Mais de 300 pessoas, entre lideranças e representantes de povos indígenas de todo o país, participaram do ato simbólico que teve a presença da ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara.
Na gestão de Lula, a deixa o Ministério da Justiça e Segurança Pública e passa a compor a estrutura do inédito Ministério dos Povos Indígenas.
Ao anunciar Sônia como ministra na quinta (29), o presidente Lula afirmou que pretendia colocar indígenas também no comando da Funai e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). (G1)
com a presença de Raoni, servidores da Funai se reúnem para anunciar “a retomada” do órgão. Comemoram fim do “sentimento de ser sufocado, pessoas se apoderaram da Funai para trabalhar contra os indígenas”. Acompanhando pela @agenciapublica pic.twitter.com/LtPwELzxFi
— Rubens Valente (@rubensvalente) January 2, 2023