Remédio natural: visitar parques e áreas verdes reduz uso de antidepressivos

Pessoas que passeiam de três a quatro vezes por semana em áreas verdes tinham 33% menos probabilidade de usar antidepressivos e ansiolíticos
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FRANCISCO COSTA
30 janeiro 2023
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Parques Naturais de Porto Velho (Leandro Morais)

Cada vez mais se discute a necessidade das cidades expandirem suas áreas verdes para mitigar e combater os efeitos negativos da emergência climática. Mas, investir na expansão de parques e outras soluções baseadas na natureza também é essencial para a saúde mental da população. Um novo estudo mostra que pessoas frequentam mais vezes espaços naturais têm menor probabilidade de usar medicamentos antidepressivos.

A evidência dos benefícios da natureza para a saúde mental já têm, inclusive, levado médicos a prescreverem aos seus pacientes visitas aos parques como parte do tratamento. No Canadá, quem recebe a recomendação médica tem direito a entrada gratuita para o passeio. Mas o quão frequente devem ser essa visitas à natureza? Qual a dose de "ecoterapia" necessária para o bem-estar?

Buscando responder à questão, a Academia Científica da Finlândia e o Ministério do Meio Ambiente daquele país financiaram um estudo, publicado na Occupational and Environmental Medicine, para ver como a exposição aos parques e áreas verdes afeta o consumo de medicamentos prescritos.

O estudo compilou 16.000 respostas de moradores de Helsinque e cidades vizinhas sobre sua relação com parques e cursos d'água, como lagos e rios. Uma forte associação foi encontrada entre a frequência com que os entrevistados visitavam os parques e o uso de medicamentos.

As pessoas que relataram passear de três a quatro vezes por semana nas áreas verdes tinham 33% menos probabilidade de usar antidepressivos e ansiolíticos do que aquelas que raramente o faziam. Outros remédios também foram avaliados. Embora o estudo também incluísse uma categoria para pessoas que visitavam parques cinco ou mais vezes por semana, não houve redução adicional no uso de medicamentos nesses casos.

A pesquisa complementa um estudo publicado recentemente que descobriu que as doenças de Parkinson e Alzheimer se desenvolvem mais lentamente em pessoas que passam tempo na natureza com frequência. (Um Só Planeta)

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