Acusado de matar indígena será julgado em Rondônia

Família da vítima acredita que outras informações do crime não foram reveladas
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FRANCISCO COSTA
7 abril 2024
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Ari foi morto por defender a floresta (Divulgação)

O professor indígenas Ari Uru-Eu-Wau-Wau, liderança da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, foi morto em 17 de abril de 2020. Quatro anos após o crime, o réu João Carlos da Silva, acusado de homicídio, irá a júri popular no dia 15 de abril, na comarca de Jaru (RO). 

Ari ficou conhecido por denunciar a extração ilegal de madeira em seu território. Ele foi encontrado morto com sinais de violência na região do pescoço. A investigação da Polícia Federal (PF) concluiu que o crime não teve ligação com crimes ambientais, mas o Ministério Público Federal (MPF) e familiares de Ari discordam.

Réu e histórico:

João Carlos da Silva, dono de um bar que Ari frequentava, é o principal suspeito. Segundo a PF, os dois teriam se desentendido e o réu teria dito que mataria Ari se ele voltasse ao bar. Ele foi preso em julho de 2022 e possui histórico de violência, incluindo homicídio e tentativa de homicídio.

A morte de Ari gerou grande repercussão e ele se tornou um símbolo da luta indígena. Ele foi lembrado em eventos internacionais como a COP26 e sua história inspirou obras de arte e o documentário "O Território", vencedor do Emmy 2023.

Justiça e futuro:

O julgamento de João Carlos da Silva é um passo importante para a justiça, mas familiares e amigos de Ari cobram punição exemplar. A morte de Ari é um triste exemplo dos perigos enfrentados por aqueles que defendem a Amazônia e seus povos. O crime gerou grande repercussão e ele se tornou símbolo da luta indígena.



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