Violência contra jornalistas na Amazônia: uma década de intimidação e ameaças

Relatório revela 230 casos de agressão a profissionais da imprensa na região
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FRANCISCO COSTA
24 abril 2024
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Violência contra jornalistas (Foto ilustrativa)


Garimpo ilegal, exploração madeireira e narcotráfico entre os principais motivos da violência contra jornalistas na Amazônia brasileira. Os crimes contra mulheres e indígenas também silenciam vozes na floresta. Os jornalistas são profissionais que se arriscam para levar informação à sociedade, mas enfrentam retaliação. Existem muitas críticas, cobranças e ausência de políticas públicas eficientes do Estado brasileiro, que precisa agir para garantir a segurança da imprensa e a liberdade de expressão

Aglomeração de Perigos na Floresta

Nos últimos dez anos, a Amazônia Legal se tornou um campo de batalha para profissionais da imprensa. Segundo o relatório "Fronteiras da Informação - Relatório sobre Jornalismo e Violência na Amazônia", produzido pelo Instituto Vladimir Herzog, 230 casos de violência contra jornalistas foram registrados na região entre 2014 e 2023.

Ataques diversos silenciam jornalistas

Agressões físicas, ameaças, processos judiciais e censura são apenas alguns dos métodos utilizados para intimidar e silenciar jornalistas que investigam e denunciam crimes como garimpo ilegal, exploração madeireira, narcotráfico, violência contra mulheres e indígenas, entre outros.

Um ambiente hostil para o jornalismo

O Pará se destaca como o estado mais violento para jornalistas na Amazônia, com 89 casos registrados na última década. Amazonas (38), Mato Grosso (31) e Rondônia (20) completam a lista.

Ano eleitoral traz agravamento da violência

Em 2022, ano eleitoral, o número de processos judiciais contra jornalistas na Amazônia Legal disparou 14%, chegando a 249 casos. O Amazonas lidera o ranking, com 268 ações, seguido por Mato Grosso (129), Rondônia (128), Maranhão (107) e Pará (102).

Esperança em tempos difíceis

Apesar do cenário desafiador, a criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas pelo governo Lula representa um passo importante na luta pela segurança da imprensa. O observatório, sob a tutela do Ministério da Justiça e Segurança Pública, funcionará como um canal de denúncias e trará a discussão para o âmbito federal.

Jornalismo livre e seguro para uma Amazônia informada

A sociedade civil, as autoridades e os próprios veículos de comunicação precisam se unir para garantir a segurança da imprensa e defender a liberdade de expressão na Amazônia. Somente com um jornalismo livre e seguro poderemos ter uma região informada e com condições de construir um futuro mais justo e sustentável.




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