Soltura de quelônios permite evitar extinção dos animais (Governo de Rondônia) |
Mais de 12 milhões de filhotes de tartarugas foram soltos no rio Guaporé em Rondônia, no último domingo, 11, uma ação do governo estadual com a Associação Comunitária Ecológica do Vale do Guaporé – Ecovale. O projeto é desenvolvido há 23 anos com o objetivo de monitorar, proteger e assegurar a reposição de estoques naturais
Hoje pelo menos seis áreas de desova em cerca de 120 mil ninhos estão protegidas pelo projeto. Após a eclosão, geralmente no mês de novembro, a equipe do projeto recolhe os filhotes dos ninhos. Devido a proximidade das covas é possível encontrar ninhos interligados por túneis.
Depois de coletados os filhotes são levados para os tanques rede onde ficam até perderem o odor característico, que atrai os predadores. Após esse período é realizada a soltura em áreas mais seguras.
A soltura ocorre sempre no mês de dezembro, este ano o evento reuniu centenas de pessoas na praia Belo Oriente em São Francisco do Guaporé. Já em liberdade os filhotes e adultos migram para as águas em busca de refúgio e alimentação, longe do maior predador, os seres humanos.
De acordo com o comandante do Batalhão de Policiamento Ambiental, Coronel Adenilson Silva Chagas, “desde 2020 o projeto ganhou reforço na fiscalização, com a vigilância permanente no rio Guaporé para evitar a prática de ações predatórias na fronteira Brasil-Bolívia”, reforçou.
Para o vice-presidente da Ecovale, Zeca Lula, “as tartarugas encontradas no Guaporé são a maior espécie de quelônio de água doce da América do Sul, podendo chegar um metro de comprimento e pesar até 75 quilos. Por isso a importância de preservar a espécie nessa região que é considerado o maior berçário dessa espécie do mundo”, comemora.
Esse é o resultado desse trabalho feito em conjunto. Para a gerente regional de gestão ambiental da Sedam Jemyllly Duarte “o Estado pretende conservar mais a espécie, melhorando nos próximos anos a fiscalização nas estações de desova e eclosão, e diminuindo a vulnerabilidade do quelônio”, detalha.